Demian pede que UFC reconsidere e lhe dê a próxima disputa de cinturão

Brasileiro, que finalizou Carlos Condit no primeiro round, confirma que, se não for o próximo desafiante, esperará o vencedor de Stephen Thompson x Tyron Woodley

Demian Maia se emociona após a vitória sobre Carlos Condit em Vancouver (Foto: Getty Images)

A vitória arrasadora conseguida contra Carlos Condit no UFC Vancouver, no último sábado, deu aDemian Maia uma nova esperança de ser o próximo desafiante ao cinturão dos meio-médios do UFC. O brasileiro, que atingiu a marca de seis vitórias consecutivas, e 18 no UFC, disse, na coletiva após o evento, que espera que a organização reconsidere a decisão de que Stephen Thompson será o próximo adversário do atual campeão, Tyron Woodley, e lhe dê a chance de ser o próximo desafiante ao cinturão da categoria.

- Eu acho que o UFC deveria reconsiderar a decisão de Stephen Thompson disputar o cinturão contra Tyron Woodley. Respeito muito o Thompson, ele é um grande lutador. Mas eu sou bem mais velho que ele, e poderiam me deixar disputar o título antes. Se isso não acontecer, eu vou esperar a luta entre ele e Woodley e enfrentar o vencedor. Consigo me manter ativo treinando e fazendo o que eu faço normalmente. O cara que eu enfrentei hoje, não só eu, mas muita gente, achava que ele deveria ser o campeão. O que mais eu preciso fazer? Já venci seis lutas em sequência, agora eu quero a minha chance. Se não for o próximo desafiante, vou esperar. Não pretendo lutar antes de disputar o título.

Demian Maia é anunciado o vencedor da luta e aplaudido por Carlos Condit no UFC Vancouver (Foto: Getty Images)

Perguntado sobre o que passou por sua cabeça quando foi às lágrimas ainda no octógono, logo após a luta, Demian Maia disse que muitas coisas passaram pela sua cabeça ao mesmo tempo.

- Foi uma mistura de sentimentos. Eu sou o brasileiro com o maior número de vitórias no UFC, e atingi essa marca enfrentando um cara como Carlos Condit, com um poder de nocaute tão grande que poderia me mandar para o hospital vencendo ou perdendo. Esse esporte é muito duro, e minha família veio à minha mente na hora em que a luta acabou. Eu pensei em tudo isso naquele momento e me emocionei. Agradeço muito tudo o que conquistei na minha vida. Minha família, ser um modelo para o jiu-jítsu, poder ensinar a minha arte marcial e dar seminários em todo o mundo. Minha vida está completa, mas a disputa do cinturão seria algo sensacional. Eu saí do nada, e hoje tenho uma boa casa e tudo que eu preciso para viver. Meus filhos estudam em boas escolas, e eu consigo prover tudo isso a eles. Por isso eu sou muito grato.

Saiba como foram todas as lutas do evento:

CARD PRINCIPAL
Demian Maia venceu Carlos Condit por finalização a 1m52s do R1
Anthony Pettis venceu Charles do Bronx por finalização a 1m49s do R3
Paige VanZant venceu Bec Rawlings por nocaute aos 17s do R2
Jim Miller venceu Joe Lauzon por decisão dividida (29-28, 28-29 e 29-28)
CARD PRELIMINAR
Sam Alvey venceu Kevin Casey por nocaute técnico aos 4m56s do R2
Kyle Bochniak venceu Enrique Barzola por decisão dividida (29-28, 27-30 e 29-28)
Alessio Di Chirico venceu Garreth McLellan por decisão dividida (29-28, 28-29 e 29-28)
Felipe Silva venceu Shane Campbell por nocaute técnico a 1m13s do R1
Chad Laprise venceu Thibault Gouti por nocaute técnico a 1m36s do R1
Jeremy Kennedy venceu Alex Ricci por decisão unânime (30-27, 30-27 e 29-28)