quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Tapa na cara? Zagueiro uruguaio que brigou com Felipe Melo relembra caso

Em 2009, o volante, agora no Palmeiras, partiu para cima de Diego López: "Trocamos algumas palavras no túnel e houve confronto". Cada um levou cinco jogos de gancho



Diego Lopez Felipe Melo (Foto: Divulgação/Cagliari)Aos 42 anos, Diego López evita detalhar confronto com Felipe Melo na Itália (Foto: Divulgação/Cagliari)
Felipe Melo não poupou frases de efeito em sua apresentação ao Palmeiras. O volante disse que, "se tiver que dar tapa na cara de uruguaio", vai dar. Na verdade, o agora volante palmeirense já deu. Em 2009, na Itália, ele brigou no túnel do vestiário com o zagueiro Diego López, que relembrou o caso ao GloboEsporte.com:
– Trocamos algumas palavras no túnel e houve confronto. Ele sabe, eu sei o que aconteceu. Na época, eu não sabia quem era o Felipe Melo. Ele não era conhecido, não sabia de onde vinha nem que era brasileiro. Não vou dar detalhes porque respeito o código entre jogadores. É um código que existia antes, agora tem menos. Ele pode contar, mas eu mantenho comigo o que aconteceu – disse Diego López, por telefone. 
O brasileiro atuava pelo Fiorentina; o uruguaio, pelo Cagliari. Era a primeira temporada de Felipe Melo no futebol italiano, após ter passado quatro anos jogando na Espanha. A briga rendeu cinco jogos de punição para cada jogador. Na época, o juiz Gianpaolo Tosel declarou que "ao final do jogo, os adversários deram socos um no rosto do outro, com graves consequências", conforme registrou a edição de 14 de abril de 2009 do jornal "La Gazzetta dello Sport".
A decisão gerou controvérsia, já que o Cagliari, de Diego López, havia feito a denúncia. O clube acusou Felipe Melo de ter atacado o uruguaio no vestiário, tendo López sofrido maiores danos, porém ambos sofreram a mesma punição. 

Em entrevista recente à Fox Sports, Felipe Melo contou que foi para cima de López porque ouviu xingamentos à esposa dele, que estava grávida, e à futura filha. O uruguaio nega que tenha falado da família do brasileiro. 

– Em campo, falava com os adversários, mas não sou de falar da família dos rivais. Eu falo de pessoa para pessoa, cara a cara, mas nunca da família. Em nenhum momento insultei a família dele – explicou López. 
Aposentado em 2010, após atuar por 12 anos pelo Cagliari, o zagueiro uruguaio se tornou treinador – trabalhou no próprio Cagliari, no Bolonha e hoje está sem clube. Caso tenha que dirigir Felipe Melo no futuro, López não vê problemas.
– Como jogador, gosto muito dele. Poderia ser treinador dele. Tem muito nível. É necessário para os times – finaliza o uruguaio de 42 anos, sobre o brasileiro de 33.

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