Presidente Roberto de Andrade acredita que língua é um enorme obstáculo para que um treinador estrangeirodê certo no clube. Palmeiras e São Paulo tiveram problemas
Roberto de Andrade e Eduardo Ferreira - Corinthians (Foto: Daniel Augusto Jr. / Agência Corinthians)
A diretoria do Corinthians ainda não chegou a um nome de consenso para ser o novo treinador da equipe, mas já tomou uma decisão importante: não contratará nenhum estrangeiro. As experiências recente dos rivais São Paulo e Palmeiras com gringos fizeram com que o clube descartasse buscar uma solução no exterior.
Na avaliação do presidente Roberto de Andrade, a língua também atrapalha a relação entre técnico e jogadores, sobretudo em momentos para um rápido entendimento entre eles. Além disso, nenhum nome apresentado empolgou a cúpula do departamento de futebol desde a saída de Tite para a seleção brasileira.
Um fator decisivo para a posição do Corinthians sobre estrangeiros é o passado recente de clubes rivais. Em 2014, o Palmeiras apostou no argentino Ricardo Gareca, mas não obteve bons resultados. O treinador durou pouco mais de três meses no cargo e acabou demitido com apenas 33% de aproveitamento.
O São Paulo também teve relações traumáticas com gringos. O colombiano Juan Carlos Osorio chegou em maio de 2015 e nunca conseguiu fazer a equipe engrenar. Ele saiu em outubro para assumir a seleção mexicana. Já o argentino Edgardo Bauza foi contratado no fim do ano passado e ainda levou clube à semifinal da Libertadores, mas deixou o cargo logo depois para assumir a Argentina, em agosto.
Daniel Passarella foi o último técnico estrangeiro a dirigir o Corinthians (Foto: Reprodução SporTV)
O último técnico estrangeiro que dirigiu o Corinthians foi o argentino Daniel Passarella, em 2005. Contratado pela ex-parceria MSI, o treinador durou pouco mais de um mês na função e acabou demitido, dando lugar a Márcio Bittencourt. Naquela mesma temporada, Antônio Lopes levaria o clube à conquista do título brasileiro.
Aos poucos, o Corinthians começa a traçar o perfil do novo treinador. Apesar da confiança no trabalho do interino Fábio Carille, a tendência é de que a direção contrate um técnico ainda nesta temporada. Mesmo assim, o presidente Roberto de Andrade garante que não fez contato com ninguém até o momento.
Mais cotado assim que Cristóvão Borges foi demitido, Roger Machado perdeu força nos últimos dias. A direção prefere contratar um técnico com mais experiência e que tenha rodagem para suportar a pressão de um dos mais populares clubes do país. Eduardo Baptista, da Ponte Preta, é outro bem visto no CT Joaquim Grava.
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