sábado, 10 de setembro de 2016

Claudiney garante ouro no lançamento do disco no Estádio Olímpico

Mineiro bate recorde paralímpico e sobe ao lugar mais alto do pódio com direito a festa antecipada no lançamento do disco F56. É o terceiro titulo do atletismo no Rio


Estádio Olímpico do Rio de Janeiro, ou pode chamar de pote de ouro do Brasil. Mais uma vez o atletismo levou o país ao lugar mais alto do pódio nos Jogos Paralímpicos de 2016, a terceira entre quatro até o momento. O herói do sábado foi Claudiney Santos, campeão no lançamento do disco F56, para competidores com lesão nos membros inferiores, com direito a recorde paralímpico e festa por antecipação. Os 45.33m alcançados ainda na primeira rodada foram suficientes para conquista.
Claudiney ouro lançamento do disco (Foto: Divulgação / CPB)Descrição da imagem: Claudiney comemora medalha de ouro mostrando os bíceps (Foto: Divulgação / CPB)

Halterofilista, Claudiney teve que se reinventar para continuar no esporte após acidente de moto em 2005. Uma lesão na perna esquerda parecia ser a maior das sequelas, mas o agravamento da lesão já no hospital obrigou a amputação. Não demorou muito para conhecer o atletismo, meses depois, e canalizar a força de outra maneira: nos lançamentos de dardo e disco, e no arremesso do peso.
Claudiney ouro lançamento do disco (Foto: Divulgação / CPB)Descrição da imagem: Claudiney lança o disco em prova paralímpica (Foto: Divulgação / CPB)
A medalha dourada em uma grande competição, entretanto, demorou para aparecer. Prata no lançamento do dardo em Londres 2012, Claudiney repetiu o resultado no Mundial de Lyon 2013 e ficou com o bronze no disco. Dois anos depois, o pódio se inverteu: prata no disco em Doha e bronze no dardo. Em casa, era hora que colocar um ponto final na final do quase.   
Último a lançar entre os dez participantes, Claudiney precisou de somente duas tentativas para assumir a liderança e atingir os 45.33m do recorde paralímpico. Na segunda rodada, o número de candidatos caiu para oito, mas o foco estava no cubano Leonardo Diaz, dono da melhor marca do ano até então, e de Alireza Nasseri, do Irã. Nenhum dos dois chegou nem perto. Aí, o ouro era questão de tempo.   
Sereno, Claudiney viu os outros três adversários errarem um a um, bem longe de sua marca, e garantiu o título paralímpico quando o egípcio Ibrahim Ibrahim queimou suas três tentativas. O telão exibiu o resultado e a torcida fez a festa. O brasileiro ainda seguiu para os últimos três lançamentos, mas ao errar no primeiro abriu mão da prova para comemorar. É ouro! Mais um no Engenhão.

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