Embalado com título estadual, Verdão do Oeste tem boa arrancada no Brasileirão, sofre oscilação após troca de técnico e, no geral, termina bem a parte inicial do torneio
Embalada com o título catarinense, a Chapecoense iniciou com tudo o Campeonato Brasileiro de 2016. Na sua terceira participação na Série A, o Verdão do Oeste apagou totalmente a imagem de "caçula" e foi muito respeitado pelos 19 adversários da primeira divisão nacional. Nesta temporada, iniciou a disputa sob o comando do técnico Guto Ferreira e foi o último time a perder a invencibilidade.
Chapecoense terminou turno em 11º lugar, com 24 pontos (Foto: Cleberson Silva/Chapecoense)
Com uma campanha sólida, o clube alviverde criou uma "gordura" e teve um primeiro turno tranquilo, sem se preocupar com a zona do rebaixamento. Guto aceitou proposta do Bahia, e Caio Júnior foi escolhido para comandar o grupo. Na transição, a equipe caiu de rendimento, sofreu uma goleada de 5 a 1 para o Sport, mas logo retomou o caminho dos bons resultados. Fechou o turno na 11ª posição, com 24 pontos e aproveitamento de 42%.
O QUE DEU CERTO?
Time teve campanha sólida e sem se preocupar com a zona da degola (Foto: Marcos Ribolli)
A Chapecoense teve uma campanha segura. A única oscilação do time foi no momento da troca da comissão técnica. Mas logo a equipe superou o momento de queda. Com uma boa arrancada na competição nacional, o Verdão criou "gordura" e sempre manteve distância da zona do rebaixamento. No começo da disputa, até sonhou em permanecer na ponta de cima da tabela.
Embora positiva, a campanha foi inferior à apresentada em 2015. No ano passado, o clube do Oeste catarinense terminou o turno com 28 pontos. Ao assumir a equipe, Caio Júnior afirmou que o desejo era igualar ou passar a marca do ano passado. Mas, mesmo assim, os 24 pontos do turno de 2016 foram celebrados pelo grupo e diretoria.
O QUE DEU ERRADO?
Apesar da boa colocação na tabela, a Chape pecou muito em um quesito na primeira parte do Brasileiro: a defesa. Depois de 19 rodadas, o time tem a defesa mais vazada da competição. Foram sofridos 33 gols. O América-MG, lanterna na tabela, por exemplo, levou 30 gols.
Ajeitar o sistema defensivo deve continuar sendo a principal preocupação do treinador alviverde. Em coletivas, ele lembrou que esse número é resultado também da goleada sofrida para o Sport, por 5 a 1. Outro episódio negativo do turno.
E O TREINADOR?
Equipe com boas atuações (Foto: Marcos Ribolli)
Caio Júnior encerrou o turno com respaldo. Muito devido às boas atuações da Chapecoense. Com o tempo, o comandante "deu sua cara" e mandou a campo uma equipe competitiva e organizada. Nas últimas partidas, quase venceu o São Paulo no Morumbi - terminou 2 a 2 - e esteve muito perto de arrancar os três pontos em duelo com o Palmeiras, que acabou 1 a 1. Nas dois duelos, a Chape reclamou de pênaltis duvidosos marcados para os adversário.
Em relação aos resultados, Caio não está tão bem. Sob seu comando, a Chape tem duas vitórias, três empates e três derrotas no Brasileiro. Aproveitamento de 37,5%.
O QUE ESPERAR DO RETURNO?
A expectativa é que a Chapecoense mantenha o atual ritmo na segunda parte da competição. Para o returno, o Verdão contratou apenas um jogador por enquanto: o lateral Mateus Caramelo. No entanto, o clube mostrou que tem um grupo de qualidade e, principalmente, peças de reposição. Mesmo com baixas, o time conseguiu seguir com boas atuações.
Agora, os comandados de Caio têm a semana de preparação para a parte final do Brasileirão. Na próxima segunda-feira, às 20h, a Chapecoense recebe o Inter na Arena Condá, pela 20ª rodada da Série A.
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