quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Sport presta homenagem a Ananias, que faleceu na tragédia com a Chapecoense

Volante foi o autor do gol que classificou a equipe catarinense para a final da Copa Sul-Americana, diante do Atlético Nacional, da Colômbia



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Ananias teve passagem pelo Sport em 2014 (Foto: Reprodução)

Assim como fez com Cléber Santana, jogador revelado na Ilha do Retiro, o Sport também prestou uma homenagem para o volante Ananias, que passou pelo Rubro-Negro em 2014. Revelado pelo Bahia, teve passagens também por Portuguesa, Cruzeiro e Palmeiras, antes de chegar a Chapecoense em 2015. Ficou marcado na história do Alviverde paulista, mas com a camisa do Leão da Ilha. Foi dele o primeiro gol do Allianz Parque, no dia 15 de novembro de 2014, na vitória dos pernambucanos por 2 a 0.

Foi dele o gol que classificou o clube de Chapecó para a grande decisão da Copa Sul-Americana, quando empatou a partida diante do San Lorenzo, da Argentina, no jogo de ida, em 1 a 1. Na volta, o 0 a 0 classificou o Verdão do Oeste para a final. Quando o clube viajava para atuar nos primeiros 90 mintuos, o avião que transportava toda a delegação e os jornalistas que cobririam a partida acabou caindo na região de Antioquia, na Colômbia.

Confira na íntegra a nota do Sport:

Ananias, um gigante dentro e fora de campo

Se mandava bem como jogador, onde conquistou dois títulos no Sport, Ananias dava uma verdadeira aula como pessoa

A tragédia envolvendo a Chapecoense deixou o elenco e a comissão técnica rubro-negra naturalmente arrasados. Todos se viam naquela situação. A rotina exaustiva de viagens. Quase sempre longas. Além, claro, da irreparável perda de companheiros, que curtiam uma fase extraordinária no futebol, e a dor dos seus familiares. A morte de um deles, em especial, foi bastante sentida. Ananias conviveu com grande parte do atual grupo por um ano, em 2014, e era muito querido por todos.

Ananias Eloi Castro Monteiro foi na verdade um gigante dentro, mas sobretudo fora das quatro linhas. O atleta maranhense chegou ao Leão em janeiro de 2014. Logo, se tornou peça fundamental e um dos destaques do time que conquistou dois títulos somente no primeiro semestre do ano: o Campeonato Pernambucano e a Copa do Nordeste.

Foi autor de gols importantes, como o da vitória sobre o Náutico, por 3×0, que deu início à grande reação leonina na competição regional. No Brasileirão, também balançou as redes no trunfo sobre a própria Chapecoense, por 2×1, na Ilha. Mas nenhum deles o deu tanta projeção nacional quanto o marcado sobre o Palmeiras, o primeiro da Arena Alianz Park, que graças a sua ajuda foi inaugurada com uma histórica vitória do Sport.

A sua felicidade certamente será sempre a sua grande marca deixada na memória dos rubro-negros. Como exaltou um dos seus grandes amigos, o lateral-esquerdo Renê, em uma rede social: “Ainda estou sem acreditar, estou muito triste. O que vai ficar na minha memória de você irmão era a sua alegria. Descanse em paz, foi uma honra jogar ao seu lado”.

Ronaldo também fez questão de homenageá-lo: “Um parceiro, amigo que o futebol me deu. Ananiesta, como eu chamava. Que Deus conforte toda a sua família e te coloque em um bom lugar”. Assim como Rithely: “Meu amigo Ananias, que Deus receba você e todos os tripulantes desse voo de braços abertos. O Brasil está em luto”.

Se mandava bem como jogador, Ananias dava uma verdadeira aula como pessoa. Durante um ano de conviência, cativou a todos do Clube, do funcionário de serviços gerais ao treinador, com sua simplicidade e eterna alegria. Era simplesmente desprovido de vaidade. Estava sempre com o sorriso no rosto, de bem com a vida. Esse sim aproveitou a sua vida a cada minuto, valorizando as coisas simples. O que pode parecer clichê, mas é algo raro em tempos de egoísmo, concorrência e valores destorcidos.

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