Acordo, que terá a participação das confederações nacionais, acontece após novo adiamento do processo de licitação das Arenas Cariocas, Velódromo e Centro de Tênis
O Ministério do Esporte irá assumir a responsabilidade com os custos de manutenção e administração das arenas que integram o futuro Centro Olímpico de Treinamento (COT), do Comitê Olímpico do Brasil (COB). Sendo assim, as Arenas Cariocas 1, 2 e 3, o Velódromo e o Centro Olímpico de Tênis terão gestão compartilhada com as confederações nacionais que já haviam demonstrado interesse em participar das ações. A medida vem após o cancelamento do processo de licitação do Parque Olímpico, no último dia 16, quando a Secretaria Especial de Concessões e Parcerias Público-Privadas (Secpar) alegou que a Sanerio, única empresa interessada, não se enquadrava nas exigências.
Arenas da Rio 2016 terão gestão do Ministério do Esporte (Foto: Gabriel Heusi/Brasil2016.gov.br)
No acordo costurado, o Ministério do Esporte também assumirá a desmontagem da Arena do Futuro, casa do handebol e do goalball e que dará lugar a quatro escolas no Rio de Janeiro. A prefeitura fica responsável pela obra, com recursos federais. Em seu anúncio, Eduardo Paes admitiu não ter informações sobre o custo da manutenção do COT. Para o "Estadão", o prefeito informou que na próxima quinta-feira todos os dados serão disponibilizados.
- O Ministério do Esporte vai assumir esse gasto agora. Vale lembrar que (o governo federal) não teve despesa para implantar boa parte do Parque Olímpico da Barra, feita por uma outra PPP (comandada pela concessionária Rio Mais) - disse Paes ao "O Globo".
Também nesta quinta-feira, a prefeitura irá inaugurar a Via Olímpica, outra parte do Parque Olímpico com administração através de Parceria Público Privada (PPP). A concessionária Rio Mais irá administrar o setor, uma área pública de lazer.
A saída evitar futuros problemas. Uma possível aprovação da Sanerio para a gestão das arenas seria em vão. Marcelo Crivella assume a Prefeitura do Rio a partir do dia 1º de janeiro de 2017 e já afirmou que cancelaria a licitação do Parque Olímpico. De acordo com Crivella, "um projeto tão sério e impactante não poderia ter sido licitado a um mês do fim do atual governo, sem que sua equipe de transição fosse consultada". O lançamento estava previsto para agosto, mas, de acordo com a Prefeitura, uma série de averiguações do Tribunal de Contas do Município atrasou o processo, adiado cinco vezes.
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