Dona do melhor ataque das Eliminatórias, Seleção encara a frágil defesa paraguaia, quarta pior da competição. Chutes de dentro da área são o caminho
Outra goleada? O Brasil dará ao Paraguai uma das mais complicadas missões no confronto desta terça-feira. Com média superior a 13 finalizações por partida, a equipe de Tite deve deixar Francisco Arce, técnico do Paraguai, com uma tremenda dor de cabeça para conseguir formular estratégia capaz de minorar os danos causados pelo ataque brasileiro. Nas 13 rodadas das Eliminatórias, o Brasil goleou um adversário por três gols ou mais de diferença em cinco oportunidades. As vítimas foram Peru, Equador, Bolívia, Argentina e Uruguai.
Paulinho comemora terceiro gol pelo Brasil na goleada em cima do Uruguai (Foto: Pedro Martins/Mowa Press)
Além de o Brasil já ser um time com jogo ofensivo, o Paraguai "auxilia" a tese de que a partida será um verdadeiro ataque contra defesa. Desde a primeira rodada das Eliminatórias, a equipe guarani sofreu 185 finalizações, uma média de mais de 14 por jogo. Destas, 18 morreram no fundo do gol - o que faz do Paraguai a quarta pior defesa do campeonato ao lado de Chile e Equador. Enquanto a equipe comandada por Tite consegue impedir com eficácia os ataques dos adversários. O Brasil sofreu 65 finalizações a menos que o adversário desta terça ao longo das Eliminatórias. Das que não conseguiu impedir, apenas nove balançaram a rede brasileira. Melhor defesa da competição, a Seleção levou apenas metade de gols em comparação com o rival da vez.
Neymar participou de 12 dos 32 gols da seleção brasileira nas Eliminatórias para a Copa do Mundo da Rússia (Foto: Leo Correa / MoWA Press)
A tão falada "Neymardependência" diminuiu desde a chegada de Tite. No entanto, o atacante do Barcelona segue como o principal nome da seleção brasileira. Ele é quem mais incomoda a vida das defesas adversárias. Sozinho, o craque já finalizou 31 vezes na competição, sendo ele quem mais arrematou a gol na equipe brasileira. Dos 32 gols marcados pelo Brasil nas Eliminatórias, 12 passaram pelos seus pés: uma participação de 37,5% dos tentos canarinhos. O camisa 10 é o artilheiro do Brasil ao lado de Gabriel Jesus com cinco gols e lidera o quesito de maior garçom não só da seleção, mas também do campeonato ao lado do uruguaio Carlos Sánchez. Cada um deu sete assistências.
Com a ausência do lesionado Gabriel Jesus, o jogador que ganha os holofotes, principalmente após a última atuação contra o Uruguai, é Paulinho, do Guangzhou Evergrande. Elemento surpresa, mesmo como volante, o camisa 15 da seleção é o segundo maior finalizador do time, ao lado de Renato Augusto. Cada um chutou 16 vezes ao longo da competição. Além disso, com os três gols marcados na última rodada, Paulinho se tornou o terceiro maior artilheiro do Brasil, com quatro gols. Atrás apenas dos atacantes Neymar e Gabriel Jesus.
Destaques do Paraguai
O atacante Lezcano é a principal referência do ataque no Paraguai. Artilheiro da seleção, com quatro gols, o camisa 19 participou de 30,76% dos gols de sua equipe nas Eliminatórias. Além de goleador, ele é o que mais tentou balançar a rede adversária. Até o momento, Lezcano chutou 16 vezes na competição. Cinco finalizações a mais que o atacante Derlis González e o zagueiro Paulo da Silva. O último ganha destaque nos arremates por ser o mais procurado em bolas aéreas, dez das 11 finalizações dele foram de bolas vindas pelo alto.
Apesar de Lezcano ser o goleador do Paraguai nas Eliminatórias, a tendência é que ele comece a partida contra o Brasil no banco de reservas. A provável escalação do time de Arce deve vir com Ángel Romero, do Corinthians, na frente. Aliás, vale destacar que não há um titular absoluto na equipe adversária dos brasileiros nesta terça-feira. Isso porque, desde a primeira rodada, 41 jogadores diferentes já entraram em campo para defender a seleção paraguaia. No ataque, um time inteiro já passou por ali: 11 atletas.
Outra peça importante na equipe de Francisco Arce é o meio-campo Óscar Romero, irmão de Ángel Romero. Além de aparecer no ataque para finalizar a gol, ele divide a função de homem da bola parada com Victor Ayala. Nas faltas mais perto da meta, ele costuma ser o cobrador. Ele bateu três faltas e finalizou outras dez vezes nas Eliminatórias. Apesar disso, Óscar não é artilheiro, tem apenas um gol na competição. Sua participação em gols é baixa: 7,69%.
Lezcano fez de quatro dos 13 gols do Paraguai nas Eliminatórias, o que lhe dá 30,76% de participação nos gols da equipe (Foto: Editoria de arte)
Como Brasil e Paraguai atacam (Foto: Editoria de arte)
Como são as finalizações sofridas por Brasil e Paraguai nas Eliminatórias (Foto: Editoria de arte)
A defesa do Brasil é forte. Prova disso é a pouca quantidade de gols sofrida: apenas nove nas 13 rodadas. A equipe de Tite impede os adversários de finalizar. Por isso sofreu bem menos arremates que o Paraguai: 120 contra 185. Além disso, vale destacar que nenhum dos 48 chutes de fora da área morreu no fundo do gol do Brasil. Ou seja, mesmo com as investidas adversárias de fora da área, a eficiência foi nula, de 0%.
Outra peça importante na equipe de Francisco Arce é o meio-campo Óscar Romero, irmão de Ángel Romero. Além de aparecer no ataque para finalizar a gol, ele divide a função de homem da bola parada com Victor Ayala. Nas faltas mais perto da meta, ele costuma ser o cobrador. Ele bateu três faltas e finalizou outras dez vezes nas Eliminatórias. Apesar disso, Óscar não é artilheiro, tem apenas um gol na competição. Sua participação em gols é baixa: 7,69%.
Lezcano fez de quatro dos 13 gols do Paraguai nas Eliminatórias, o que lhe dá 30,76% de participação nos gols da equipe (Foto: Editoria de arte)
Perfil dos ataques
Se o Brasil tem o melhor ataque das Eliminatórias e o Paraguai o segundo pior, há um motivo para isso. O primeiro tentou surpreender a defesa adversária mais vezes que o segundo. Foram 55 ocasiões a mais, para precisar. A equipe de Tite finalizou em 175 oportunidades nos 13 jogos que disputou. Já o Paraguai fez 120 arremates a gol. Uma diferença expressiva.
No entanto, a principal disparidade nos ataques de ambos os times é a jogada aérea. Quase metade das ofensivas paraguaias vem pelo alto. Já o Brasil fez uso deste artifício em cerca de 30% dos ataques. Enquanto a Seleção faz mais que o dobro de finalizações rasteiras que aéreas, o Paraguai equipara essa quantidade. A equipe de Francisco Arce finalizou 56 bolas aéreas e 57 rasteiras. Já a de Tite tem a estratégia de atacar mais com a bola no chão: foram 49 finalizações vindas pelo alto e 112 rasteiras.
Como Brasil e Paraguai atacam (Foto: Editoria de arte)
Apesar de o Paraguai atacar mais pelo alto, o Brasil fez mais gols: oito contra cinco. Além disso, a eficiência brasileira em comparação com a paraguaia nos ataques aéreos é quase duas vezes maior. A equipe verde e amarela tem 16,32% de aproveitamento no jogo aéreo, enquanto a equipe de Arce tem 8,92% no mesmo quesito.
Como são atacadas
O Paraguai é uma das equipes que mais sofreram finalizações nas Eliminatórias. Em 13 partidas, os adversários testaram a defesa paraguaia em 185 oportunidades. Mais da metade foi em arremates de fora da grande área - uma tentativa de furar o bloqueio paraguaio. No entanto, tais investidas não deram muito certo. Isso porque dos 18 gols sofridos pelo Paraguai, apenas um foi de fora da área. O único jogador que foi feliz neste tipo de arremate foi o atacante boliviano Yasmani Duk, na derrota da Bolívia para o Paraguai na quarta rodada da competição.
Mas, um caminho interessante são os chutes no limite das linhas demarcatórias da área. Quase 20% de eficiência para quem chutou daquela região. Ou seja, aproximadamente um em cada cinco chutes de dentro da grande área paraguaia foi parar no fundo do gol.
Como são as finalizações sofridas por Brasil e Paraguai nas Eliminatórias (Foto: Editoria de arte)
A defesa do Brasil é forte. Prova disso é a pouca quantidade de gols sofrida: apenas nove nas 13 rodadas. A equipe de Tite impede os adversários de finalizar. Por isso sofreu bem menos arremates que o Paraguai: 120 contra 185. Além disso, vale destacar que nenhum dos 48 chutes de fora da área morreu no fundo do gol do Brasil. Ou seja, mesmo com as investidas adversárias de fora da área, a eficiência foi nula, de 0%.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe seu comentário, ele é muito importante para nós