Triunfo do Vitória sobre o Coritiba leva chances de rebaixamento a 92% e torna quase impossível missão do Inter para escapar na última rodada do Campeonato Brasileiro
Da sobrevida à agonia, 24 horas mais tarde. Após bater o Cruzeiro por 1 a 0 no Beira-Rio, no domingo, o Inter dedicou a segunda-feira a uma "secação" frustrada ao Vitória. Rival mais próximo na luta contra a degola, o Leão bateu o Coritiba por 1 a 0 em pleno Couto Pereira e praticamente selou sua permanência na Série A. Não para por aí. O Leão torna ainda mais crítica a situação colorada, em sua saga para evitar o primeiro rebaixamento de sua história, na rodada derradeira do Brasileirão
O triunfo baiano em Curitiba obriga o Inter a vencer o Fluminense no próximo domingo, no Rio de Janeiro – uma vitória que, isolada, não é capaz de garantir a equipe na elite nacional. Na dependência de resultados paralelos, o Colorado ainda torce contra o Vitória, em duelo com o já campeão Palmeiras, no Barradão. Mas terá de secar, em especial, o Sport, diante do já rebaixado Figueirense, na Ilha do Retiro.
O rubro-negro pernambucano se transformou no principal adversário do Inter na luta para fugir do Z-4. De acordo com o matemático Tristão Garcia, do site infobola.com.br, o Colorado encara a 38ª rodada com 92% de chances de rebaixamento. O Sport tem 8% de risco.
O Inter chega à última rodada na ingrata 17ª colocação, numa condição tão delicada que não é explicada apenas pela pontuação. O saldo de gols, inclusive, pode ser vilão ou salvador ao final do campeonato. O Inter soma 42 pontos, com 11 vitórias, 34 gols anotados e saldo de seis negativo. O Sport, 16º, tem 44, 12 vitórias, 47 gols marcados e saldo de oito negativo. O Vitória soma 45, 12 vitórias, 50 gols marcados e saldo de um negativo.
Com a vitória como fator vital e obrigatório, o Inter trabalha com dois cenários para evitar o rebaixamento. O mais simples dele, de fato, soa simplório: é preciso bater o Fluminense, no Rio, e torcer para que o Sport não vença o Figueira em casa. Num eventual empate na Ilha do Retiro, as duas equipes encerram o campeonato com 45 pontos, mas o Colorado leva vantagem no saldo de gols.
Se os pernambucanos vencerem em casa, o Inter só escapa do rebaixamento caso o Palmeiras vença o Vitória. Mas não é tão simples. Na combinação entre triunfo sobre o Flu e derrota do rubro-negro baiano, o Colorado terá de livrar uma diferença de cinco gols no saldo. Ou seja, será preciso construir um placar elástico, seja no Barradão ou no Rio de Janeiro.
ALTERNATIVA NOS TRIBUNAIS...
À beira do rebaixamento, o Inter ainda estuda levar sua sobrevivência na Série A aos tribunais, diante de uma suposta irregularidade no registro do contrato do zagueiro do Vitória Victor Ramos. O clube quer voltar à Fifa, onde existe um processo aberto ainda do Campeonato Baiano, e também pode acionar a Justiça Comum indo adiante no caso que começou com ações no Tribunal de Justiça Desportiva da Bahia – com o Flamengo de Guanambi e o Bahia – e que já foi arquivado e desarquivado pelo STJD.
O clube gaúcho vai levar carta da Fifa de 24 de maio deste ano endereçada ao diretor de registros e transferências da CBF. No parecer, a entidade máxima do futebol mundial dizia que o uso do TMS (sistema de transferências da Fifa) é obrigatório em transações internacionais.
– Não tem nada irregular. Se existe irregularidade na transferência internacional quem tem que julgar é a Fifa. No Brasil não tem nada errado. O Vitória não fez nada errado – disse Reinaldo Buzzoni, diretor de registro e transferência da CBF.
– Não tem nada irregular. Se existe irregularidade na transferência internacional quem tem que julgar é a Fifa. No Brasil não tem nada errado. O Vitória não fez nada errado – disse Reinaldo Buzzoni, diretor de registro e transferência da CBF.
A CBF reforça que não há irregularidade no registro de Victor Ramos. Buzzoni reconhece que o procedimento não foi o correto, mas afirma a irregularidade existiria pela falta do ITC (o certificado internacional de transferência), o que não aconteceu. Por sua vez, a direção do Inter entende que o documento comporta interpretações divergentes.
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