Glover elogia McGregor e o compara a Muhammad Ali: "Vai para provocar"

Lutador do peso-meio-pesado fala sobre expectativa para retornar ao octógono no começo do ano que vem e minimiza ausência de Jon Jones, ex-campeão da categoria

Glover Teixeira afirma que José Aldo seria capaz de o troco em Conor McGregor no Ultimate (Foto: Evelyn Rodrigues)

Glover Teixeira está à espera do UFC para saber quando voltará ao octógono. Enquanto não há definição, o brasileiro treina normalmente e assiste aos eventos do Ultimate. E, como a bola da vez na organização é Conor McGregor, o mineiro não consegue ficar indiferente ao atual momento do irlandês, campeão dos penas e dos leves.

O lutador brasileiro vê traços de Muhammad Ali em Conor McGregor, pelo estilo provocador. Em entrevista Glover elogiou a forma física e sua capacidade de promover os confrontos que lidera.

- Claro que o sucesso dele é merecido, não tem como falar. Vou falar que não? O cara vende, sabe falar, é inteligente, não é bobo, não fala coisa boba. O McGregor não briga, só reage, não é o primeiro nunca a bater no cara. Ele vai para provocar, mas não briga. É como o Muhammad Ali. O McGregor está vendendo o show e luta bem, é um atleta de verdade, que não anda fora de forma, está sempre treinando. É um atleta de alto nível, que vende bem, merece. Quem é mais merecedor do que ele? Não tem. Poderia ser o "Mighty Mouse" (Demetrious Johnson, campeão dos moscas), mas ele não faz um show. 

Glover Teixeira ressalta, no entanto, que apostaria em José Aldo, caso o Ultimate casasse a revanche entre o manauara e "Notorious". 

- É como a gente fala: o McGregor segura as pontas, faz o que promete. Eu achei que foi sorte aquele golpe no Aldo. Até hoje eu acho que, se eles lutarem no pena, o José Aldo o mata. Mas, se o McGregor teve sorte, mereceu.

Quando o assunto é sua categoria - meio-pesado - Glover Teixeira vislumbra um adversário bem cotado no ranking para sua volta ao octógono. Embora tenha perdido para Anthony Johnson em 13 segundos de luta, o mineiro, terceiro colocado na lista, espera um oponente renomado.

Brasileiro não resistiu ao jogo do adversário, que faturou o nocaute relâmpago, em agosto (Foto: AP)

- Eu falei para o UFC que estou preparado, mandei mensagem. Acho que luto em janeiro ou fevereiro, antes de março, com certeza. O (Ryan) Bader lutou bem contra o Minotouro, quero um cara dos tops. Não tenho preferência. Para mim, tanto faz, não quero falar nomes. Estou satisfeito contra qualquer um, ainda mais por estar vindo de derrota. Quero voltar a ganhar. Com duas ou três vitórias, com certeza, terei nova chance de disputar o cinturão. Eu acredito nisso e irei buscar.

Questionado sobre o tamanho da falta que Jon Jones - ex-campeão da divisão - faz no Ultimate, Glover Teixeira minimizou o assunto e afirma que é normal cada hora um lutador estar em evidência.

- Para mim, não está fazendo falta nenhuma, assim como não faço diferença na vida dele. Estou correndo atrás do meu sonho. Se ele voltar, vai ser bom, mas se fizer m****, sempre vai ter outra pessoa para ser o cara. O Anderson Silva já foi o cara, o Chuck Liddell, o Brock Lesnar, apesar de ter sido um pouco mais fraco. Teve o Jones, a Ronda e, agora, o cara é o McGregor. O Jon Jones poderia estar aí, sendo o mais falado, o maior vencedor... É uma pena que ninguém fale do "Mighty Mouse".