Ex-diretor do Sindicato Nacional dos Aeronautas afirma que aeronave deveria ter combustível para emergência
Acidente com a Chape é a maior tragédia do futebol brasileiroFoto: Fredy Builes/Reuters
O avião Avro RJ-85, da empresa LaMia, não tinha autonomia para fazer o trajeto entre Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, e Medellín, na Colômbia. É o que apontam especialistas ouvidos pela rádio BandNews FM sobre o acidente que vitimou 71 pessoas no voo que levava a delegação da Chapecoense para a final da Copa Sul-Americana.
Segundo o comandante Carlos Camacho, ex-diretor do Sindicato Nacional dos Aeronautas, uma aeronave só pode decolar se tiver capacidade para voar até o trajeto previsto, além de uma alternativa e mais 30 minutos para emergências, totalizando cerca de 45 minutos.
O site oficial da Lamia, que estava fora do ar ontem, mostra que o modelo utilizado tem autonomia para voar, no máximo, 2.965 quilômetros com o tanque cheio. O portal Flight Radar, que monitora voos em todo o mundo, aponta que o voo da tragédia (LMI 2933) percorreu 2.975 km até desaparecer do radar.
A hipótese principal hipótese é que o piloto e sócio da Lamia Miguel Quiroga tenha planejado um voo com sem ter o combustível necessário, o que seria considerado crime e poderia ter causado o acidente.
Ontem, o diretor da Aeronáutica Civil da Colômbia, Alfredo Bocanegra, reforçou esta hipóteses e confirmou que o avião da Lamia não tinha autonomia para o percurso e deveria ter parado para reabastecer.
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