sexta-feira, 29 de julho de 2016

Prestes a virar "centenário" no Sport, Diego Souza passa trajetória a limpo

Meia, que completará 100 jogos com a camisa do Sport diante do Atlético-PR, no
jogo deste sábado, fala da identificação com o clube e lembra momentos da carreira


Quando entrar no gramado da Ilha do Retiro neste sábado, para enfrentar o Atlético-PR, Diego Souza não jogará uma partida qualquer. O meia de 31 anos chegará a uma marca emblemática. Completará 100 jogos pelo clube. E não 100 jogos quaisquer. Embora ainda sem títulos com a camisa rubro-negra, Diego tornou-se um jogador importante para a história do Leão. Está em sua terceira temporada pela equipe e identificou-se fortemente com a torcida. Tanto que carrega, nas costas, o maior orgulho dos leoninos: o número 87 - referência ao Campeonato Brasileiro daquela temporada.
Para celebrar a marca, Diego Souza concedeu uma entrevista exclusiva ao GloboEsporte.com e à TV Globo, em que falou de sua identificação com o clube e os melhores momentos pelo Sport, além de projetar os próximos passos. Confira, abaixo, os principais pontos.
A MARCA
- Na primeira vez que cheguei ao clube (em 2014), não esperava fazer 100 jogos. Mas depois que conheci, depois que as pessoas me abraçaram, estou achando até que passou muito rápido. Estou muito feliz de poder fazer 100 jogos com essa camisa.
Diego Souza Sport (Foto: Williams Aguiar/Sport)O 100 e o 87, agora, são números marcantes para Diego no Sport (Foto: Williams Aguiar/Sport)
FELICIDADE DE JOGAR NO SPORT
Quando vim para cá, foi um desafio novo para mim. Tudo que aconteceu aqui com minha chegada, a renovação do contrato... E não poderia ter sido melhor a saída e a volta (no início deste ano, Diego havia trocado o Sport pelo Fluminense). Eu trouxe até meu filho para cá porque eu imaginava tudo que ia acontecer. E a torcida me surpreendeu porque (a recepção) foi muito maior do que eu esperava.  Gente no aeroporto e tudo mais, Trouxe meu filho para vivenciar isso comigo. Trouxe ele e meu pai. Foi maravilhoso. E tenho essa felicidade, essa alegria de poder estar todo dia com essas pessoas fantásticas. Você tem que estar feliz para poder trabalhar. Em qualquer parte da sua vida, em qualquer área que trabalhe, se você não está feliz, você não rende.
PRIMEIRO CONVITE PARA JOGAR NO CLUBE
 Certa noite, reuni a família e disse que voltaria para cá. Eles entenderam. Disseram que, se era minha felicidade, eles estavam todos comigo. E era tudo que eu precisava ouvir. 
Diego Souza, sobre volta ao Sport após saída para o Fluminense, neste ano
Tudo que acontece na minha vida é rápido. Estava em casa, de férias, no Rio de Janeiro, em 2014. Estava tendo a guerra na Ucrânia e, por isso, o Metalist (clube ucraniano com quem tinha contrato) decidiu se desfazer dos estrangeiros. Eu tinha voltado machucado. Me avisaram que, se eu quisesse ficar no Brasil naquele ano, eles me emprestariam até acalmar a situação no País. Cheguei no escritório do meu empresário, Eduardo Uram, e ele tinha algumas propostas. Uma delas era a do Sport. Achei legal. Sport, Nordeste... Cheguei e perguntei: "Como é que é isso?". Ele me contou mais ou menos: "O presidente (João Humberto) Martorelli falou que tem o interesse em contar com você". Falei: "Pô, interessante". Tinha até o fim do ano só para jogar e sou um cara que não tenho medo de desafios. Naquele momento, estava encarando como um desafio. Meu pai estava junto comigo e me perguntou:  "E aí?". Falei que estava gostando da ideia. Olhei os jogadores que estavam no Sport, olhei a tabela, a equipe estava do meio para cima, como o time jogava. Nesse momento, a gente analisa tudo para ver como pode encaixar e ajudar. Aceitei. Nei (Pandolfo, então executivo de futebol do Sport) me ligou. Ele me conhecia e queria ver o entusiasmo que eu estava. "E aí, Diego. Você está vindo como?", ele perguntou. Falei: "Estou indo do jeito que você me conhece. Estou indo para jogar e ganhar, porque gosto de ganhar, e me dedicar para levar o Sport para cima". Ele disse que tudo bem e que eu podia ficar tranquilo, que me esperariam no dia seguinte.
VOLTA EM 2016
Estava meio para baixo. Estava com saudades, sem dúvida nenhuma. O presidente (Martorelli), no momento oportuno, ligou para meu empresário e disse a seguinte frase: "Se Diego não estiver feliz no Fluminense, diz para ele que as portas estão abertas por aqui". Naquele momento, esperei mais um pouco, estava com o coração apertado. Certa noite, reuni a família e disse que voltaria para cá. Eles entenderam. Disseram que, se era minha felicidade, eles estavam todos comigo. E era tudo que eu precisava ouvir. Liguei para meu empresário e disse que precisava voltar. Ele disse: "Eu sei, meu filho. Te conheço há muito tempo. Pode deixar comigo que, agora, eu assumo". Ele me chama de filho. Estamos juntos há muito tempo. Demorou menos que uma semana e deu tudo certo. Queria até que fosse mais rápido porque queria jogar Pernambucano também. Mas só pude jogar a Copa do Nordeste. O importante, porém, foi que eu voltei.
MELHOR GOL PELO SPORT
Acho que, pela importância, o gol que fiz contra o Fluminense neste Brasileiro.
LENTO?
É meu jeito de jogar. E não tem como mudar. É meu jeito. Tenho meu pedaço de campo que, quando a bola chega para mim, tenho facilidade naquele espaço e tento ajudar da melhor maneira possível. Sempre fui assim. Quem gosta, ama. Quem não gosta, odeia.
REFERÊNCIA NO SPORTE IDENTIFICAÇÃO COM O CLUBE
Acredito que sou referência aqui, sim. Pela minha história, por ter jogado muito aqui no Brasil, tenho uma bagagem grande. Mas incorporo mesmo. Coloco essa armadura. Dentro de campo, vou defender sempre e me dedicar para ganhar. Independentemente de contra quem seja. Na minha vida inteira, só rendi com adrenalina, com desafios. E não aceito chegar para mim e falar: "Você não tem condição de chegar lá e ganhar contra Corinthians, São Paulo, Flamengo". Não, não aceito, não. Porque a bola é igual, o campo é igual. Brinco que, para deitar e tirar onda com minha cara, pode ser em qualquer lugar, não aceito. Gosto desse tipo de desafio e tento passar isso. No futebol, quem se dedicar mais, quem ocupar melhor o espaço, vai sair vitorioso. O futebol, hoje, está muito igual. Está nivelado. Você pega as equipes do Brasileirão. Tem equipes que um elenco maior, mas, se colocar time por time, vai ver que muito poucos se destacam por aquela qualidade técnica. Hoje, é mais dedicação tática e aproveitamento de oportunidades.
Diego Souza Sport (Foto: Williams Aguiar/Sport)"Se bater meu recorde de jogos por um clube, está ótimo", disse Diego (Foto: Williams Aguiar/Sport)
ALGUM CLUBE O TIRA DA ILHA?
Estou feliz por aqui. Tenho dois anos de contrato. Vim por vontade própria. Para me tirar daqui, vai ter que fazer muito mais do que força. O mais importante é a família estar adaptada. Meus filhos estudam num colégio bom. Estão gostando da cidade. Claro que eles são do Rio, mas estão felizes aqui. Também tenho a felicidade de vir trabalhar todo dia e um ambiente ótimo que a gente consegue fazer aqui dentro, não tem porque sair. Mas futebol é dinâmico. Tem muitas situações que aparecem. Se um dia eu tiver que ir embora daqui, acontece. Mas não me vejo saindo, não.
META DE JOGOS
Se eu bater meu recorde de jogos por um clube, está ótimo. Tive 151 jogos pelo Palmeiras. Até o final do ano que vem esse recorde será quebrado. Vamos ver o que vem pela frente. Espero não chegar a Magrão, o que é impossível. Mas, quem sabe, ficar próximo desses fenômenos que ainda estão no Sport, que são Magrão e Durval. Se eu chegar na metade de tudo que esses caras fizeram por aqui, para mim estará de bom tamanho.

Zé Ricardo acredita que não deve ter Diego no primeiro turno do Brasileiro

Treinador do Flamengo afirmou que o jogador está entregue ao CEP e ainda não há a definição de quando deve estrear. Donatti e Damião são relacionados para domingo


A empolgação por parte da torcida do Flamengo em ver Diego atuando com a camisa do Rubro-Negro terá que esperar mais um pouco. O meia, que não joga uma partida oficial desde que a temporada europeia se encerrou, realizou os primeiros trabalhos na quinta e foi avaliado pelo Centro de Avaliação em Performance do clube (CEP). Apesar de ainda não ter todos os resultados dos exames, o técnico da equipe, Zé Ricardo, acredita que não deve contar com o Diego ainda no primeiro turno do Brasileirão, muito pela questão física do atleta.
- Não descartaria (contra o Atlético-PR), porque vou ter a avaliação total do CEP. Quando me disserem que ele tem condições, vou colocá-lo pra treinar. Se ele mostrar que pode render, pode ser contra o Atlético. Vejo um pouco mais difícil de ele estrear contra o Atlético. Se treinar bem e tiver condições mínimas que seja para aguentar nem que seja um tempo, não vejo problema algum. Agora a gente quer ele 100% fisicamente mesmo que seja para jogar só um tempo inteiro. Vamos ver com o CEP, mas acho difícil a presença dele no primeiro turno.
Diego, em primeiro dia no Fla, e Zé Ricardo (Foto: Gilvan de Souza/Flamengo)Diego, em primeiro dia no Fla, e Zé Ricardo (Foto: Gilvan de Souza/Flamengo)
Embora esteja ciente de que Diego só deve jogar a partir da 20ª rodada, Zé Ricardo tem motivos para comemorar. Pela primeira vez, a dupla Donatti e Leandro Damião será relacionada para uma partida oficial. Nessa semana, eles participaram do jogo-treino contra o Bangu, na terça, e se movimentaram bastante. Zé explicou o motivo de ter segurado os dois por tanto tempo, e ressaltou a preocupação com a adaptação. 
- Estão relacionados para a viagem, são dois jogadores com qualidades. Damião é um artilheiro, com passagens vitoriosas, não teve grandes passagens nas últimas equipes, mas confiamos de que pode recuperar. Donatti conhecemos menos, estamos tendo um pouquinho mais de cuidado com adaptação. Ele se apresentou com quase 47 dias de inatividade, estamos tendo uma preparação paulatina com ele. Ele participou de dois jogos-treinos, e vamos o preparando paulanatimente. Há um tempo atrás tivemos problemas com a zaga, mas agora felizmente temos muitas opções
Rivaldo Flamengo (Foto: Fred Gomes/GloboEsporte.com)Rivaldo assistiu o treino do Flamengo
(Foto: Fred Gomes/GloboEsporte.com)
Flamengo, ainda assim, deve ter um desfalque para a partida de domingo, contra o Coritiba. O lateral-esquerdo Jorge, que sentiu dores no joelho momentos antes do duelo contra o América-MG, não treinou mais uma vez e deve ser substituído por Chiquinho. A atividade ficou marcada pela presença do pentacampeão mundial Rivaldo, que foi assistir seu sobrinho, Romildo, da equipe Sub-20. 


Primeiro contato com Diego
- Foi um encontro rápido, a gente trocou poucos palavras. Externei a felicidade de tê-lo aqui e disse a ele que estamos aqui para materializarmos as expectativas dele. Estamos aqui para sermos facilitadores para ele seja muito feliz no período em que vai ficar no Flamengo.

Flamengo bem como visitante

- Parece coincidência, mas como a gente não tem o Maracanã, que é a nossa casa, a gente tem de jogar igual de toda forma em casa ou fora. A gente tem mais que o dobro de quilômetros voados do que o Palmeiras. São 40 mil km nossos e 20 mil km do Palmeiras. Isso é um dado importante, porque com certeza é um desgaste a mais, mas já sabíamos disso. Essa questão de ser um dos melhores visitantes é porque temos de ser iguais em todo lugar. Temos que fazer das dificuldades uma motivação a mais para brigar cada vez mais no topo da tabela.

Qual a maior busca do Fla atualmente?

- É preciso equilíbrio. O adversário pode sair mais ou não num jogo. Nossa ideia é que, independentemente do lugar onde o Flamengo jogue, é tentar jogar. Não é uma transformação fácil, mas temos jogadores inteligentes e de boa condição técnica. Todas equipes passam por momento de desequilíbrio, mas o Flamengo busca esse equilíbrio para chegar equilibrado no restante da competição.

Diego

- Foi um encontro rápido, a gente trocou poucos palavras. Externei a felicidade de tê-lo aqui e disse a ele que estamos aqui para materializarmos as expectativas dele. Estamos aqui para sermos facilitadores para ele seja muito feliz no período em que vai ficar no Flamengo. Diego está entregue ao CEP. Quando tiver condições de vir pra campo, eles vão me sinalizar. Está fazendo uma bateria de exames e testes para saber qual carga vamos poder passar para ele em campo. Temos os mesmos cuidados com Donatti e Damião para que possam estrear com saúde.

Jorge faz teste no sábado para saber se joga?

- Substituto imediato do Jorge é o Chiquinho, temos confiança total no Chiquinho. Está fazendo trabalhos no CEP, amanhã ele deve ir pra campo e vamos ver se tem condições de jogo ou não. Se o Jorge tiver condições, vai pro jogo.

Pensamento na Sul-Americana e necessidade de elenco grande.

- Flamengo entra na Sul-Americana para vencer, é uma competição que a gente não tem. É um mata-mata com 10 jogos e que vale vaga na Libertadores. O campo vai dizer quem estiver melhor para escalarmos.

Tecnologia no futebol

- Sou a favor, porque tudo evoluiu no futebol. Gosto de trabalhar com números, estatísticas... Não ganha jogo, mas ajuda demais. Temos o exemplo claro do que aconteceu com Alan Patrick. Ele estava com os mesmos sintomas, ficou fora contra Atlético e Botafogo, mas retornou bem contra o América. Provavelmente se tivéssemos esticado mais a corda, poderia trazer lesão e traria prejuízo enorme, porque o Alan é talentosíssimo, é um jogador inteligente e que tem muito a agregar para a nossa equipe. Concordo com o CEP. Não tinha motivo investir tanto no CEP e não usá-lo na condição plena. 
Se fosse uma final de Libertadores, Sul-Americana, poderíamos até utilizar um jogador fora de sua condição ideal.

Rivaldo no Ninho e papo com ele

- Fui tietar o Rivaldo, torci pra caramba por ele, foi um dos grandes jogadores que tivemos no Brasil. Recentemente foi um dos tops, é impressionante como jogava com talento individual e para a equipe. Dos jogadores que mais me chamava atenção quando jogava. Em 2002, no Mundial foi peça-chave assim como o Ronaldo.

Motivo da visita de Rivaldo

- Veio ver o Rodrigo (Caetano). Se não me engano, jogou com Rodrigo em seu início no Mogi Mirim, não sei se houve outro motivo específico. É sempre bom receber presença de um atleta com tamanho energia, tomara que influencie os rapazes que estavam batendo falta no momento do jogo.

Buffarini comemora fim da novela e não se preocupa com futuro de Bauza

Lateral-direito, que vestirá a camisa 18, diz que o São Paulo queria contratá-lo desde o ano passado e ressalta que técnico merece chance de assumir a seleção argentina


Contratado por US$ 1,8 milhão (R$ 6,6 milhões), o lateral-direito argentino Buffarini, que vestirá a camisa 18, foi apresentado nesta sexta-feira no São Paulo comemorando o fim de uma novela que já durava mais de um ano. 
O defensor e o diretor executivo do clube, Gustavo Vieira de Oliveira, informaram no início da coletiva que o Tricolor já tinha interesse na contratação desde o ano passado, mas o acerto financeiro não foi possível com o San Lorenzo, ex-clube do jogador.
Durante a apresentação, Buffarini, inclusive, falou sobre a relação com o técnico Edgardo Bauza, que pediu insistentemente a sua chegada.
– Já se vinha falando do meu nome antes da chegada do Patón. Depois que ele chegou, o interesse se tornou mais forte. Tenho confiança no Patón pelo que vivemos por dois anos no San Lorenzo. Vou tratar de retribuir em campo toda a confiança que estão depositando em mim – afirmou o atleta, campeão da Libertadores em 2014 sob o comando de Bauza.
E como será caso o treinador deixe o Tricolor para assumir a seleção argentina? Patón é um dos cotados para ficar com a vaga que era de Tata Martino.
– Com respeito ao Patón, quem me contratou foi o São Paulo. Se ele assumir a Argentina, ficarei feliz porque ele merece, sei o quanto é capaz. É o sonho de qualquer treinador comandar a seleção do seu país. Mas minha cabeça está totalmente voltada para o São Paulo.
Veja os outros tópicos da entrevista de Buffarini:
Gustavo Vieira de Oliveira Buffarini São Paulo (Foto: Marcelo Prado)Buffarini foi apresentado nesta sexta no CT da Barra Funda (Foto: Marcelo Prado)
Ida de Bauza para a seleção facilitaria convocação na Argentina?
– Sempre tem algum treinador com uns dois jogadores de sua confiança, e na Argentina muito mais. Tive a possibilidade de ir com Sabella, com Martino se falou muito na Argentina. Porém, na realidade, o técnico que for tomará sua decisão. Para mim é treinar bem e demonstrar no fim de semana que posso estar à altura.
Tensão durante a espera da resposta da Fifa
– Foi uma semana de muita ansiedade. Sempre eu perguntando a cada minuto a meu representante se tinha saído ou não. Foi complicado porque tinha muita vontade de vir para cá. Estou muito contente, onde eu queria estar.
Relação com o São Paulo antes de ser contratado
– Segui o São Paulo toda a Libertadores. Sei que teremos a partida de domingo às 11h (contra a Chapecoense, no Morumbi), depois contra o Atlético-MG (na próxima quinta, às 19h30, outra vez no Morumbi). Temos de ganhar para poder chegar à Libertadores. Tenho seguido muito.
Qual posição gosta de jogar?
– Sempre fui volante pela direita e nos últimos três anos fui de lateral. Eu me adaptei. Também posso jogar na ponta. É uma decisão do técnico e eu tenho somente que trabalhar.
Expectativa de repetir o sucesso do San Lorenzo
– A expectativa é a mesma de quando cheguei ao San Lorenzo. Tomara que passe as mesmas coisas, de ganhar muita coisa, o Mundial de clubes. Ainda mais um clube como o São Paulo, com a história que tem, a torcida que sempre está apoiando. Seria um sonho.

Fora do último jogo do Corinthians, Marlone voltará a ser relacionado

Meia-atacante ficará no banco de reservas contra o Internacional, domingo, às 16h, no Beira-Rio. Jogador foi alvo de propostas do Sport, mas foi mantido no elenco


Marlone, Corinthians (Foto: Marcelo Braga)Marlone atendeu crianças após o treino do Corinthians (Foto: Marcelo Braga)
Marlone voltará a ser relacionado no Corinthians. Após ficar fora até do banco de reservas contra o Figueirense, sábado passado, por conta de propostas, o meia-atacante será novamente opção para o técnico Cristóvão Borges no domingo, às 16h, no Beira-Rio, diante do Internacional.
Na última terça-feira, saiu do banco para ajudar a equipe reserva a vencer o Juventus em um jogo-treino no CT. Marcou um gol e deu uma assistência para Issac, em grande atuação.
Com 11 jogos pelo Timão, ele não atua desde 4 de junho, ainda com Tite, na vitória por 2 a 1 contra o Coritiba. Contratado no início do ano por R$ 4 milhões, não atua há dez jogos, sendo sete deles sob o comando de Cristóvão, com quem havia trabalhado no Vasco e no Fluminense. A situação do jogador tem feito a torcida corintiana pedir oportunidades para ele nas redes sociais. Diante disso, o Sport fez propostas de empréstimo e de compra, ambas recusadas.
Segundo o treinador, o principal fato que tira as oportunidades do jogador é a concorrência pelo lado esquerdo do campo. Além de Marquinhos Gabriel, que vem jogando por ali, o elenco tem ainda Lucca e Rildo para a função. 
Informações sobre próximo jogo do Corinthians
Próximo adversário: Internacional
Local: Beira-Rio, Porto Alegre
Data e horário: domingo, 16h (horário de Brasília)
Escalação provável: Cássio, Fagner, Yago, Balbuena e Uendel; Bruno Henrique, Elias, Giovanni Augusto e Marquinhos Gabriel; Romero e André;
Desfalques: Pedro Henrique e Bruno Paulo
Transmissão: TV Globo para SP, SC, PR, MG (menos Juiz de Fora), MS, MT, BA, PE, CE, PA (menos Santarém) e AP (com Cleber Machado, Caio Ribeiro e Paulo César Oliveira) e Premiere, Premiere HD e PFCI (com Luiz Alano e Batista)
Arbitragem: Elmo Alves Resende Cunha (GO), Bruno Raphael Pires (Fifa-GO) e Leone Carvalho Rocha (GO).

Brazilians: quase 5% da delegação para o Rio 2016 não nasceu no país

Time Brasil tem 23 atletas naturalizados por diversos motivos, de 13 países e divididos em dez modalidades. Polo aquático e hóquei são os mais beneficiados


Brazilian, brésilien, brasiliano, brasileño, Brazilac... O Brasil chega ao Jogos Rio 2016 mais cosmopolita do que nunca. Em tempos de Brexit, com a saída do Reino Unido da União Europeia, e discussões ao redor do mundo sobre imigração, o país-sede assumiu a diversidade cultural tão marcante e chega para Olimpíada representado pelo maior número de naturalizados da história. Serão 23 no total, de 13 países, em dez modalidades, e que representam 4,9% da delegação. 
Info Naturalizados no Brasil 1 (Foto: Infoesporte)
Info Naturalizados no Brasil 2 (Foto: Infoesporte)





















Seja por descendência, matrimônio, tempo de permanência ou simplesmente "contratação" para reforçar modalidades em que o país não tem tanta tradição, o esporte brasileiro fez valer das brechas da lei para chegar forte ao Rio 2016. O aumento de gringos no Time Brasil é imenso em relação aos Jogos de Londres 2012, quando somente o americano Larry Taylor, do basquete, e a mesa-tenista Lin Gui, chinesa, foram "intrusos". O caso mais bem-sucedido de naturalização é o de Rodrigo Pessoa. Nascido na França e filho de brasileiro, o cavaleiro foi campeão olímpico de saltos em Atenas 2004 e tem ainda o bronze por equipes em Atlante 1996 e Sydney 2000. Aos 43 anos, ele é reserva na delegação que está no Rio 2016 e pode aumentar a lista caso participe da disputa.
O polo aquático, com cinco naturalizações entre os homens e duas no feminino, foi o esporte mais beneficiado, seguido pelo hóquei sobre grama, que tem seis. A decisão sobre a aceitação do atleta estrangeiro cabe às federações específicas, de acordo com comunicado enviado pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB) ao GloboEsporte.com.   
- Dentro do planejamento e da estratégia do COB para os Jogos Olímpicos Rio 2016, não há programas relativos à naturalização de atletas. Porém, as confederações têm autonomia para realizar ações específicas que sejam benéficas para o desenvolvimento de suas equipes. Se a confederação identifica que uma naturalização será positiva para sua modalidade, e pede algum tipo de auxílio ao COB, o COB busca apoiar este projeto.
EUA, Holanda e França são as principais origens
Slobodan Soro Sérvia polo aquático Olimpíadas Londres 2012 (Foto: Al Bello / Getty Images)Slobodan Soro ficou com o bronze pela Sériva nos Jogos de Londres (Foto: Al Bello / Getty Images)
O critério utilizado para considerar um atleta estrangeiro foi o local de nascimento, independentemente da relação dos pais com o Brasil. Assim, os Estados Unidos são o país que mais cedeu atletas, com quatro: Isadora Cerrullo, do rugby, Rosângela Santos, do atletismo, Luisa Borges, do nado sincronizado e a velejadora Patrícia Freitas. Na sequência, vêm Holanda e França, com três, Inglaterra, Espanha e Itália, com dois.   
Entre os casos mais controversos, estão os do sérvio Slobodan Soro e do croata Josip Vrlic, do polo aquático. Amigos do brasileiro Felipe Perrone, que, apesar de carioca, defendia a Espanha e também foi convencido a jogar pelo Brasil, eles foram convidados para defender a Seleção mesmo sem nenhuma relação com o país e recebem salários da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA). Soro, por sua vez, garante que a parte financeira não foi sua principal motivação:   
- Eu sou jogador de polo aquático há 26 anos, toda a minha vida foi no polo aquático, joguei muito pela seleção sérvia, ganhei tudo que existe no mundo. Quando parei de jogar pela Sérvia, pensei: "O que fazer mais?". Eu quero fazer alguma coisa pelo polo aquático, porque tudo que eu tenho na minha vida é por causa do polo. Tenho duas medalhas, em Pequim e em Londres, mas nunca joguei dentro de casa, agora vou jogar as Olimpíadas em casa, é uma coisa muito especial.
Legislação dá brechas, e federações decidem
Ao contrário do futebol, por exemplo, várias modalidades olímpicas permitem que um atleta integre um novo país mesmo que já tenha defendido outro em competição oficial. Cada federação internacional conta com seus próprios critérios, avalizados pelo Comitê Olímpico Internacional (COI). Já o ponto básico para adquirir cidadania brasileira é morar há, no mínimo, quatro anos no território nacional. Há, no entanto, brechas.   
Seletiva Eduard Soghomonyan Antoine Jaoude Rio 2016 (Foto: André Durão)Eduard Soghomonyan (de azul) venceu o brasileiro Antoine Jaoude na seletiva para o Rio 2016 (Foto: André Durão)
O processo de naturalização pode ser encurtado caso o interessado tenha filho ou cônjuge brasileiro, seja filho de brasileiro, possa prestar serviços relevantes para nação ou que seja recomendado pela capacidade profissional. O armênio Eduard Soghomonyan, no Brasil desde 2012, aproveitou uma dessas brechas e se classificou para defender o país na categoria até 130kg da luta greco-romana.   
Sou brasileiro há quatro anos, desde que eu entrei para a família Mikaelian, que me adotou e me deu todo o aparato para estar aqui
Eduard Soghomonyan, lutador armênio naturalizado brasileiro 
- Sou brasileiro há quatro anos, desde que eu entrei para a família Mikaelian, que me adotou e me deu todo o aparato para estar aqui - disse o lutador, após garantir a vaga na seletiva do último dia 17. 
Além dos 23 naturalizados, o Time Brasil conta ainda com um trio que fez o caminho inverso: apenas nasceram no Brasil, moraram a vida inteira no exterior, mas optou por defender a pátria mãe. No hóquei, o defensor Stephane Vehrle-Smith nasceu em Recife, mas foi adotado por um casal estrangeiro e cresceu na Inglaterra. Já no rugby, os irmãos Daniel e Felipe Sancery nasceram em Campinas e foram criados na França.

Seja por naturalização ou por opção, o Brasil chega ao Rio 2016 cheio de sotaque.

Exercício na Vila fez com que sistema não fosse ligado em prédio australiano

Rio 2016 coloca um bombeiro por andar de plantão até novo teste no sábado e explica à delegação motivo de falha na resposta ao incidente em reunião nesta sexta


Bombeiros na Vila (Foto: Reprodução/Twitter)Bombeiros foram acionados na Vila (Foto: Reprodução/Twitter)
Dois fatos "sincronizados" acabaram causando o incidente que provocou a evacuação do prédio da Austrália na Vila dos Atletas na tarde desta sexta-feira. O chefe de comunicação da delegação, Mike Tancred, informou que, após o incêndio no prédio que abriga o grupo, o Rio 2016 destacou um bombeiro para cada andar do edifício. Eles permanecerão de plantão até um novo teste no sistema de alarme neste sábado. Sem deixar claro se isso foi uma exigência do Comitê Olímpico da Austrália, Tancred garantiu que a delegação permanece na Vila.

- A Austrália fica na Vila Olímpica, nunca dissemos isso. Definitivamente não estamos deixando a Vila - disse Tancred, negando as alegações de que a delegação teria ameaçado deixar novamente o condomínio se não fosse atendida sua exigência em relação aos bombeiros.

O Rio 2016, por sua vez, explicou aos australianos em reunião nesta sexta o motivo de o incêndio ter continuado sem a ação imediata de bombeiros. Segundo uma fonte no comitê, havia uma simulação em andamento em sete dos 31 edifícios da Vila dos Atletas, entre eles o imóvel ocupado pelos australianos. Quando um dos alarmes disparou, o técnico acreditou que se tratava do exercício e desligou o sistema. Assim, o incêndio continuou, a fumaça se espalhou, e o local foi evacuado. Nos prédios da Vila, o sistema de exaustão é único e, por isso, a fumaça subiu. Pessoas ficaram assustadas e deixaram o local rapidamente. Não foi acionado o sistema que jorra água nos apartamentos.
O GloboEsporte.com apurou que uma guimba de cigarro numa caixa de papelão causou o princípio de incêndio, que acionou os exaustores do prédio. Depois do fogo ter sido contido, atletas e integrantes da delegação australiana - quase cem pessoas - voltaram aos quartos. O problema começou por volta das 16h50 e durou menos de dez minutos.

- Houve um incêndio no prédio, ainda não sabemos o que aconteceu. Apenas nos mandaram descer correndo e fizemos isso. Mas depois não demorou muito e todos puderam voltar - contou um atleta australiano, que preferiu não revelar o nome.

Incêndio Austrália Vila Olímpica (Foto: GloboEsporte.com)

Palmeiras e Manchester City fecham acordo para venda de Gabriel Jesus

Após acerto entre os clubes, jogador tenta receber mais com transferência. Verdão receberá 20 milhões de euros e ficará com o atacante pelo menos até o final do ano

Gabriel Jesus coletiva selecao olimpica (Foto: Lucas Figueiredo / MoWA Press)Gabriel Jesus está muito perto de jogar no Manchester City (Foto: Lucas Figueiredo / MoWA Press)
O futuro de Gabriel Jesus está muito perto de ser definido. Palmeiras e Manchester City já entraram em acordo. Agora, restam detalhes por parte do jogador a serem resolvidos para que tudo seja colocado no papel. O atacante, que permanece no Brasil pelo menos até o final do ano, tenta receber mais com a transferência. 
A proposta total do City é de 32 milhões de euros (cerca de R$ 116 milhões). Desse total, 20 milhões ficarão com o Palmeiras. Os outros 12 serão divididos entre os dois empresários que têm os direitos econômicos do jogador: Cristiano Simões e Fábio Caran. 
O Palmeiras tem 30% dos direitos econômicos, sendo o restante dividido entre as empresa CR Sports (que controla 47,5% em sociedade com o próprio atleta) e o ex-agente Fábio Caran (por meio da empresa de sua esposa, Naima Ferreira). Na negociação com o City, o Verdão conseguiu chegar ao acordo em que leva mais dinheiro do que o previsto. 
Nos últimos dias, com a disputa entre os clubes europeus, Gabriel Jesus recebeu propostas financeiras melhores de Barcelona e Manchester United, por isso tenta aumentar os valores oferecidos pelo City. 
A escolha de Gabriel Jesus pelo clube inglês passa por Guardiola. Pretendido também por Real Madrid, Barcelona e Bayern de Munique, o atacante optou pelo Manchester City há pouco mais de uma semana, após uma conversa telefônica com o técnico espanhol. 
Na última quinta-feira, Jesus já havia dito que estava muito perto de definir seu futuro. O jogador, que serve à seleção olímpica até o final de agosto, afirmou que deixou claro à diretoria alviverde qual deveria ser o seu destino.  
Gabriel Jesus é o artilheiro do Campeonato Brasileiro, com 10 gols em 14 jogos. O garoto também é o principal goleador do Palmeiras na temporada, com 19 gols em 33 partidas.   
*André Hernan, Felipe Zito, Martín Fernandez, Rodrigo Faber e Tossiro Neto